domingo, 6 de janeiro de 2008

Ano Novo, lugares Novos!!

Indo eu indo eu a caminho de Tóquio ...

A previsão não era boa, o Gonçalo com alergias, eu que me esqueci de por correntes de neve no carro, etc, etc ...

Mas afinal valeu bem a pena!



À saída do Hotel


Bairro de Shinjuku


Cenário do Lost in Translation, fica na memória de quem por aqui passar.Dividido ao meio em parte Oeste e Este, as diferenças são grandes e valem a pena visitar:


Lado Oeste: Edifícios de arquitectura estravagante e de dimensões impensáveis



Edificio do Governo Metropolitano de Toquio e suas vistas



Lado Este

Visto encontrar-se na proximidade de uma estação que acolhe mais de 2 milhões de pessoas por dia, este lado é direccionado ao divertimento, especialmente para homens como bares, casas de luz vermelha e casas de pachinko.


Mas também se podem encontrar locais calmos como o santuário xintoísta Hanazono. Neste dia não estava muito tranquilo, não fosse um dos primeiros dias do ano, onde as pessoas se dirigem a este tipo de lugares para rezar e pedir um bom ano.





Bairro de Harajuku

Frequentado por jovens extravagantes que procuram as ultimas tendências, mas também lojas especializadas em determinados estilos! Experiência rica em cores e penteados.







A escassos metros encontra-se um outro paraíso da moda,Omote Sando, mas para outras bolsas:


Bairro de Shibuya
Altamente recomendado para visitar à noite, aqui encontrámos o Toquio dos filmes, cheio de cores e música, misturada com milhares de pessoas passeando os seus sacos de compras cheios, não estivessemos nós no período dos saldos.



Meiji-jingu

Decidimos também visitar este que é considerado o maior santuario xintoista de Toquio, e o mais visitado nos primeiros dias do ano. Ao menos desta vez a enorme fila era dentro dum magestoso parque ( Parque Yoyogi)



Asakusa
Bairro cheio de vida, onde se pode passear mas também fazer optimas compras de artigos tradicionais na Nakamise Dori.



Templo Senso-ji



Conhecido como o templo mais sagrado de Tóquio, lá ficamos mais uns tempos em fila para atirarmos as nossas moedas e perdirmos os nossos desejos!

Eram tantas as pessoas, que se começavam a atirar as moedas bem antes do local apropriado, logo a frase mais ouvida foi mesmo:
- Gomenasai (Perdão)!
(Não pelos pecados do ano terminado, mas sim pelas nódoas negras provocadas em algumas cabeças logo no segundo dia do ano).
À saida deste bairro, que tem muito para oferecer decidimos optar pelo Waterbus!Foi uma boa decisão, o dia estava óptimo, e assim pode ter-se uma outra visão desta grande cidade.



Pudemos apreciar as suas 12 pontes de cores distintas.


Numa das inúmeras paragem num café para um latte e uma sanduiche conhecemos um familia muito simpática japonesa, que estiveram em Lisboa em Julho e que até mostraram a sua aptidão para o Fado, eles aconselharam e então também decidimos dar uma passadela no Bairro de Akihabara, o bairro das lojas de electrónica:

Como se vê, fizeram-se novas amizades:


Bairro de Ginza
Um dos Ex libris de Tóquio, descobrem-se aqui edifícios unicos misturados com lojas e showrooms a perder a conta.


Teatro Kabuki-za


Espreitamos as Novas Tecnologidas exibidas no Sony Building


Já que estavamos por perrto decidimos ir dar um passeio aos jardins imperiais, e porque não ver o Imperador na sua unica aparição anual ao publico!
nós e muitos mais...

"Been there done that"

Depois uma breve passagem pela estação de Tóquio Mapa do metro ...ufffTambém fomos ao bairro de Roppongi, mas além de estar um frio de rachar, era de noite e parecia que estávamos em Londres devido à quantidade de estrangeiros e de lojas dirigidas a estes. Não há grandes fotos a registar, só fica mesmo na lembrança o restaurante indiano e aquele arroz basmati ... hummm

Ahh e a Torre de Tóquio ..que não impressiona muito devido aos restantes edificios de tamanho bastante superior.


Por fim, deixo-vos com uma de várias baías que passámos no regresso a casa, quase que me lembrava a Marginal .... lá mais para os lados do Guincho!



E com o romântico Monte Fuji que nos acompanhou uns bons tempos de volta a casa!

7 comentários:

Anónimo disse...

Bom Ano 2008!
2 reparos:
- O número de passageiros da Estação de Shinjuku é bem maior do que 2 milhões. Os números variam com a forma de contagem, mas andarão perto dos 4 milhões. Com 3 linhas de metro e 12 de comboio a cruzarem-se, Shinjuku é o maior Estação Comboio-Metro em todo o mundo.
- Disse que Roppongi parecia Londres por causa do número de estrangeiros. Olhe que o Japão por ano recebe (ainda, porque estão a fazer uma política que visa o crescimento) poucos turistas (menos do que Portugal).Londres é mais bonito do que Tóquio. Agora, também há grandes diferenças entre Londres e Tóquio, a favor desta: Aqui quase não há criminalidade (nomeadamente pick-pockets), os serviços e o atendimente são incomparavelmente superiores (para mim tenho que é o melhor do mundo), há mais organização,melhores transportes, mais limpeza, mais respeito pelos outros (excepção para os lugares nos transportes públicos),muito menos violência (nomeadamente de bêbados)e menos poluição (há 25 anos Tóquio era mais poluída).
Faço este comentário por ter falado em Londres e as imagens de Inglaterra virem muito "à baila" aqui no Japão. Uma vez, um diplomata em Tóquio dizia-me, em amena cavaqueira durante um jantar, que o mastro da Embaixada do RU tem 100 metros de altura que é para o Imperador ver todos os dias a bandeira quando acorda e não se esquecer (a Embaixada do RU fica na circular do Palácio Imperial). Não é fácil para um estrangeiro entender o Japão, e por isso existe em permanência alguma animosidade e desconfiança. Repliquei ao diplomata: mas não se esquecer de quê? É que o RU não venceu o Japão na WWII (foram os EUA e, até hoje o Japão não perdeu com mais ninguém e é, também até hoje, o único país que declarou guerra aos EUA - que disparate...), e foram os americanos a libertar as colonias inglesas do sudeste asiático que haviam sido tomadas pelos japoneses. A não ser que seja para o Imperador não se esquecer que se os japoneses retirassem num dia os investimentos que têm no RU a Economia inglesa colapsava logo (a Economia inglesa é um parasita do investimento estrangeiro, sobretudo do norte-americano, japonês e alemão). O RU tem hoje já pouca importância real, mas eles gostam tanto de se apresentar como o centro do mundo (deviam era investir mais em educação já que têm a maior taxa de analfabetismo da UE). Como para um japonês "se é estrangeiro fala inglês!" e atrás da língua vem muito estudo de cultura, os ingleses sentem-se "inchados". Mas, na realidade e por acaso, o inglês também é a língua de Inglaterra. De facto, o que conta são os americanos! Muitos ingleses (e americanos ou australianos também) sentindo-se o centro do mundo, pensam que podem abusar. Aqui em Tóquio, com as bebedeiras (para um anglófono "festa" significa beber, beber, beber..., isto não acontece com os latinos!),de vez em quando fazem grandes desacatos e isso afecta-nos a imagem como estrangeiros no Japão! Como fez uma comparação com Londres, vieram-me estes juízos diabólicos à cabeça. Como vê não tenho os ingleses (e os anglófonos) em muito boa conta... Estarei a ser injusto?

Angelo disse...

Viste, bela viagem, sim senhor e optimas fotografias! Estou a ver que valeu bem a pena. E eu tenho que ver se me meto no barco da proxima vez.

E, se me permites, tenho qualquer coisa a dizer em relacao ao comentario anonimo aqui deixado:
os servicos no Japao ate podem ser muito bons. E o respeito pelo outro (excepto nos transportes publicos) tambem. Mas e tudo dirigido aos japoneses. Nao vejo grande respeito por quem nao e japones e nao tem a ver com os maus exemplos que os estrangeiros as vezes deixam. Alias, essa visao e muito japonesa: a dicotomia Japao vs Estrangeiro, como se fossemos todos inguais.
Enfim, o Japao - nao as pessoas, mas o sistema e milenios de isolamento - acha-se, esse sim, o centro do mundo. Um mundo de Hokkaido a Okinawa.
Mas, a esta, posso estar errado. Afinal nao estou em Tokyo.

Rosarinho disse...

Adoro estas pequenas picardias! Mas realmente eu até agora não tenho muita razão de queixa dos japoneses e seus hábitos e cultura. São pessoas ponderadas e que o elemento Planemento está no seu quotidiano. Hoje por exemplo fui ao hospital às urgências, esperava um serviço rápido face à elevada febre e aos restantes sintomas, mas primeiro estive a preencher um formulário para saberem todo o historial médico. Claro, que ao entrar no consultório o doutor mesmo sem ver o Gonçalo já sabia o que teria, mas nisto tudo perdemos uma bela hora, até porque o nome das doenças em Kanji também não facilitou. Enfim ....
Mas também devo concordar que deve depender da área a cordialidade, pois nesta área de Nagoya, não tenho problema nos transportes públicos e consigo conduzir sem stress, já quando fui a Quioto valha-me Deus!E por aí fora ....
Muito Obrigada pelos vossos comentários, pois estou sempre a aprender e a conhecer novas perspectivas.
Até breve

Anónimo disse...

Eu sou (o) anónimo!... Não é picardia, e eu até peço desculpa porque posso ter sido exagerado e ofendido alguém. Eu tenho amigos britânicos e não sou anti-inglês. Aliás, não sou anti nenhum povo do mundo. Acreditem que eu até nem sou nada "má pessoa"...
Tenho muitos anos de Japão, a minha mulher é japonesa e sinto-me em casa. Já ouvi muitas coisas, e acredito que muitas sejam verdade, mas a mim, sinceramente, nunca me discriminaram. Lembro-me apenas de 2 situações, mas foram ligeiras: 1)há talvez 20 anos, ao fim da tarde (que em Portugal é meio da tarde - a verdadeira diferença horária é de 10 horas, mas no Japão nada muda nem a hora!)devia ser Maio, já estava calor, adormeci naqueles bancos compridos do comboio e acordo com uma batida na perna e uma voz zangada. Era um homem já "entradote" e eu pedi imediatamente desculpa porque ia mal sentado, ocupando o corredor com as minhas pernas compridas. O homem lá continuou a andar sempre resmungando em voz alta contra os americanos (ele deve ter sido militar na WWII e anti-americano declarado, ao contrário da maioria dos japoneses que também são anti-americanos mas na sua dupla personalidade) e na carruagem "silêncio imperial". Mas eu já vi muitos japoneses de mais idade "corrigirem" publicamente comportamentos de jovens mal-criados, e o meu sentar de facto não era correcto. Terá sido discriminação?
2)Há uns 2 ou 3 anos, num Bar, estava apenas com a minha mulher e na mesa ao lado um par de homens japoneses começa a gozar com as palavras que eu vou dizendo. Ele falo bem japonês... para estrangeiro. O acento estrangeiro é inevitável, as falhas do H silencioso (que são uma tortura para nós latinos) e das consoantes longas são frequentes. Decidimos não retorquir, pagar e sair. Esta foi talvez uma discriminação, mas mais do que pelo facto de ser estrangeiro, o de ter casado uma japonesa. Foi o único caso, embora tenha ouvido de conhecidos e amigos casados com japonesas coisas como amigas terem'se afastado e haver algum isolamento. Eu não me posso queixar - devo ter protecção divina. Mas também coloco-me na minha posição. Eu adoro o Japão mas não sou japonês, nem quero ser. Até quando me casei recusei a cerimónia Xinto para não ter que vestir o Hakama (nunca vesti Yukata nem kimonos nem nada dessas coisas, pois se eu não sou japonês!). E mesmo em família, como ainda agora no dia 1, faço questão de me sentar no lugar mais longe do pai. E, no entanto, tenho com ele e toda a família uma fantástica relação. Sei que se diz que 95% das famílias não aceitariam um casamento de uma filha com um estrangeiro.E sei, realmente, de casos que foram muito complicados mas de um modo ou de outro acabaram todos(!) bem. Serão os japoneses assim tão intolerantes?
Este é um país especial que absorveu do ocidente tudo o que lhes parece positivo, mas procurando preservar a sua identidade (Wakon Yosai - Espirito Japonês, Tecnologia Ocidental). Isto é um crime?
O Japão é o primeiro (há mais de 100 anos!) e ainda é quase o único país não "ocidental" a ter democracia parlamentar e que funciona! Isto é notável!
Durante anos dizia-se que os japoneses só copiavam (mas não é o que dizemos às crianças: copiem os bons exemplos!), mas agora somos nós que copiamos a tecnologia, o design e até já a alimentação dos japoneses.
Em pouco mais de 100 anos, o Japão passou da Idade Média para a segunda maior Economia do mundo (maior do que a soma da Alemanha e da França, mas com a diferença de que tem uma sociedade muito mais egualtária e com um nível de vida superior).
E consiguiram tudo isto, preservando a sua identidade. Estão no seu direito e acho notável!
Como o inglês é a língua mais falada do mundo, muitos ingleses e americanos só sabem falar inglês! Isto fecha a cabeça, centra-os neles próprios. Ás vezes oiço anglófonos dizendo coisas como "o Japão ainda isto..." ou "não ainda aquilo...". Dizem-no tão naturalmente, como se o Japão (e todo o mundo) tivesse obrigatoriamente de caminhar para os modelos dos países anglófonos.Mas porquê? não é a mesmo tipo de atitude que o RU tem para com a UE?
Os portugueses foram os primeiros a chegar aqui e deixamos uma herança cultural enorme, mas que se vai perdendo (muito por incúria nossa!...). Primeiro foram os holandeses que conseguiram ficar com a exclusividade em Nagasaqui (fundada por nós e, por isso, a única cidade do Japão sobre colinas). Agora é o inglês que nos vai roubando palavras no japonês. Mas para ambos temos uma doce vingança estampada no nome dos países, porque são palavras que vêm do português: ORANDA (por isso não tem H) e IGIRISU (vem da palavra "inglês").
Um blogue com picardias é muito mais giro. Com os melhores cumprimento do Anónimo (não tenho pejo em dizer o meu nome, mas preferia fazê-lo em e-mail e não em público. E as melhoras da saúde da família!

Anónimo disse...

Bom ano 2008....

Tenho seguido este blog desde portugal( infelizmente...) e já por varias vezes pensei em intervir.
Tenho muita vontade em conhecer o Japão mas ainda não tive essa oportunidade.
Se a "inveja" mata-se, estava aqui durinho...
Deve ser um previlegio poder gozar da eperiência de viver no Japão.
Gosto bastante de ler as vossas aventuras por ai.
As vossas fotos tambem são excelentes principalmente para quem não conhece nada do Japão.

Continuem,divirtam-se e tenham 1 ano excelente.

O outro anonimo...
:)

Angelo disse...

Nao te preocupes! Quando chegar o verao vais mostrar os modelitos todos... Com manchas de suor, mas nao te preocupes com isso!

Como disse, achei a estoria do 'amerika-jin" deliciosa. Mas nesse mesmo dia tive que chamar a atencao a uma aluna minha que se 'atiro' para o chao quando 'se surprendeu' com o facto de eu estar atras dela, quando ela me tinha ido buscar a sala dos profs... Quer-se dizer...

UI! E quando eu lhes digo que so estudei ingles em Portugal e nunca no estrangeiro?! Eles nem querem acreditar!

E mais uma pequena nota:
Nao me parece que as pessoas queiram que o Japao seja como nenhum outro pais... Mas que tenha uma mente mais aberta, que e coisa que nao me parece que tenha. E torno a dizer que nao sao as pessoas em si, o problema, mas um sistema muito centrado em si mesmo e que teima em mudar.

Angelo disse...

E esqueci-me de te dizer que tens que ir a Tailandia: as pessoas sao super simpaticas, as compras uma loucura, as praias aquilo que viste... E, la esta, sempre te podes pavonear nos modelitos que tens preparados!